terça-feira, 13 de maio de 2008

Terça-feira, 13 de maio de 2008.

Santa Maria ― Os estudantes aprovados no vestibular para cursos a distância da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), no Rio Grande do Sul, passaram o último sábado na instituição. Dos 1.100 alunos selecionados para cursar graduação ou especialização nos pólos da Universidade Aberta do Brasil (UAB), 500 viajaram até Santa Maria para assistir a palestras e conhecer de perto o funcionamento da universidade. A funcionária pública da prefeitura de Faxinal do Soturno, professora de educação infantil do município, Helena de Oliveira, 45, já está freqüentando as aulas no curso de graduação em pedagogia, no pólo da UAB, que fica a 60 quilômetros de universidade. “Sempre tive o sonho de ser aluna da UFSM. Foi muito bom conhecer a minha universidade de perto”, disse emocionada. Helena conta que as aulas estão difíceis, que há bastante conteúdo para ler, mas revela que a maior dificuldade é com o computador. No entanto, em breve espera utilizar melhor os recursos. Antes de conquistar a vaga de professora de crianças de zero a três anos na cidade, Helena foi gari e servente de escola, só depois conseguiu a vaga de professora. “Meus planos sempre foram de crescer. A partir desse curso, quero dar aulas para as séries iniciais”, planeja. Também foi um dia de emoção para a empregada doméstica Eliana Teresinha da Silva, 33. “Quando o pró-reitor de graduação da universidade disse que éramos alunos da UFSM, eu chorei”, conta. Eliana pretende mudar radicalmente sua vida depois de concluir o curso de graduação a distância em letras da UFSM. Ela pretende ser professora de português. “Se até aqui eu relaxei nos estudos, agora estou muito disposta a estudar, mesmo sendo difícil”, afirma. Eliana é aluna do pólo de Restinga Seca, cerca de 40 quilômetros da instituição. Já as professoras Marla Inês Webers, 37, e Dione Schweiglrt, 29, da Escola Estadual de Educação Básica Tiradentes do Sul, localizada no município de mesmo nome, viajaram cinco horas para conhecer as instalações da UFSM. As duas já têm graduação e especialização. Marla é graduada em letras, tem duas especializações e dá aulas de quinta a oitava séries, além do primeiro ano do ensino médio. Ela decidiu fazer graduação em pedagogia para ter uma maior aproximação com os alunos. “Me sinto honrada em fazer parte da UFSM, e fazer o curso a distância já me fez usar muito mais o computador”, revela. Dione sentia necessidade de voltar a estudar, mas não tinha condições financeiras. “É tudo muito novo para a gente. Estou me acostumando com a modalidade à distância e as novas tecnologias. Estou adorando”, revela. Para o secretário de Educação a Distância do MEC, Carlos Eduardo Bielschowsky, a educação a distância só funciona se estiver muito integrada, e a visita dos estudantes é importante nesse processo. “Docentes, tutores, material didático, sistema de avaliação tudo deve estar interligado. Acreditamos que a UFSM é o elo fundamental dessa corrente”, afirma. O dia dos calouros começou com a visita pela universidade e à tarde assistiram à aula magna do secretário de Educação a Distância do MEC, além das apresentações da Orquestra Sinfônica da UFSM e do grupo de dança do Centro de Tradições Gaúchas Sentinela da Querência. Adriane Cunha

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